Voltei!
Minhas Aquisições - Janeiro
Olá, povão! Este post é para mostrar minhas aquisições do mês. Dois livros estrangeiros e um nacional.
Os dois livros estrangeiros "Névoa" da autora Kathryn James e "A Vidente" da autora Hanna Howel foram adquiridos em um sebo. Isso mesmo um sebo, estão em perfeito estado e o mais importante... Paguei dez reais.
Indicações: Política
Eu voltei... Agora pra ficar
(Resenha) Filme - We Have Always Lived in The Castle
Ano: 2019
Sinopse: Depois de uma terrível tragédia assolar a família Blackwood seis anos atrás, Merricat (Taissa Farmiga), Constance (Alexandra Daddario) e seu tio Julian (Crispin Glover) tem vivido isolados do mundo. Quando o primo Charles (Sebastian Stan) chega na casa em busca da fortuna de família, ele também ameaça revelar um obscuro segredo.
Resenha: Há alguns meses li o livro no qual este filme é baseado.
O livro tem sua qualidade, mas existem momentos em que quis jogar o livro na parede. Tudo porque esperava ler algo envolvido em suspense e o que vi foi uma família que possui problemas de socialização e que por causa de um crime são hostilizados pelas pessoas do vilarejo.
Merricat (a protagonista) no livro nos é apresentada como uma garota com pensamentos infantis e manias estranhas. Constance é uma jovem que sofre de agorafobia e tio Julian vive em seu próprio mundinho. Já o primo Charles não parece ter interesse no dinheiro da família ao que tudo indica, ele apenas quer ajudar.
Isso é o livro. É claro que se você ler o livro sem a expectativa de um suspense ou sem interesse em saber quem envenenou metade da família Blackwood, a leitura vai ser agradável e você não ficará frustrado com a identidade do assassino e nem o motivo.
Agora vamos ao filme:
No filme temos um pouco de suspense, as motivações dos personagens estão mais claros. E o motivo para o envenenamento não parece tão banal. É um pouco banal, mas existem outras coisas.
Vou destacar duas coisas do filme: A interpretação de Taissa Farmiga... A garota dá um show. Eu diria que ela conseguiu retratar Merricat Blackwood numa mistura de Hannibal Lecter e Norman Bates.
E o final... Enquanto no livro o final é sem graça, no filme somos surpreendidos e deixa a questão... Será que alguém vai perguntar o que aconteceu?
Recomendo que leiam o livro primeiro e depois vejam o filme.
Trailer:
Dica de Série: Chernobyl
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(Resenha) Filme Endings, Beginnings
Elenco: Shailene Woodley, Jamie Dornan, Sebastian Stan, Matthew Gray Gubler, Lindsay Sloane e Kyra Sedgwick.
Direção: Drake Doremus
Ano: 2020
Sinopse: Enquanto uma mulher no auge de seus trinta e poucos anos descobre sobre si própria e os mistérios de sua vida, ela embarca em uma jornada de amor, aventuras e acasos surpreendentes.
Resenha: Antes de mais nada, eu confesso que só assisti esse filme por causa do elenco, se não fosse o elenco acho que as chances de assistir seriam pequenas.
Em Endings, Beginnings conhecemos Daphne, que acabou com um relacionamento de longa data, pediu demissão de seu emprego e foi morar na casa de piscina da irmã de mala e cuia.
Logo no começo dá para ver que Daphne não está muito bem com a reviravolta em sua vida, por isso ela decide tirar uns meses sabático, isso é ficar seis meses sem namorar e beber. Detalhe, ela faz isso nas festas de fim de ano.
Então sua irmã decide fazer uma festa de ano novo, e é durante essa festa que ela conhece Frank e Jack, que são melhores amigos, mas ela não sabe disso quando flerta com os dois.
Alguns dias depois Daphne reencontra os dois os dois e acaba descobrindo que eles são amigos. Ela decide não se envolver para evitar confusão, mas essa decisão dura apenas alguns segundos. A partir daí ela fica intercalando entre os dois amigos. E que fique bem claro, o único enganado é o Jack, porque Frank não vê problema nenhum em fazer o amigo de trouxa. É claro que dá a impressão de que Frank ama a Daphne e que o desejo que tem por ela é maior do que a amizade. Mas não dá pra passar o pano pro Frank.
Agora que já contei um pouco da trama, vamos aos detalhes tão pequenos de nós dois… O filme é médio, não é horrível, mas também não é incrível. É claro que Shailene Woodley está incrível, parabéns pra moça. Foi legal ver Jamie Dornan vestido e fazendo uma boa atuação. Espero que ele continue procurando por papéis assim. Sebastian Stan continua interpretando o cara problemático, mas ele consegue variar no leque de problemas e dramas.
Porém, o que não ornou no filme foi a edição, ou como diz minha sobrinha o clima bicho grilo. Uma hora tem uma cena bem realista e aí de repente corta pra uma em que o personagem está observando os movimentos da cortina enquanto fuma e bebe um cálice de absinto. Tipo… Pra quê isso?
Recomendo o filme, mas se você não curte esse estilo bicho grilo, é melhor deixar pra lá.
Trailer
(Resenha) Milhas de Distância - A. B. Rutledge
Título: Milhas de Distância
Autora: A. B. Rutledge
Editora: Hoo Editora
Páginas: 272
Sinopse: Faz três anos que Miles se apaixonou por Vivian, uma talentosa e deslumbrante garota transgênero. Dezoito meses desde que uma tentativa de suicídio deixou Vivian em coma. Agora, Miles não tem certeza de quem ele é sem ela, mas sabe que é hora de descobrir como dizer adeus.
Após chegar a Islândia com uma passagem só de ida, ele vive enclausurado no seu quarto de hotel. Depois de um pequeno empurrão de Oskar, um local que é tanto cativante quanto misterioso, Miles decide honrar a vida de Vivian fotografando seu sapato favorito vazio nas paisagens surrealistas do país. Cada passo que ele dá, é um ponto dado na ferida aberta de seu coração, assim ele começa a aceitar que o coma de Vivian é irreversível.
Narrado totalmente através de mensagens instantâneas para Vivian, esse livro peculiar e completamente fora dos padrões explora o amor, a perda e distâncias drásticas que as vezes temos que percorrer para seguir em frente.
Resenha: Este livro me surpreendeu e cativou. Sempre li livros com a temática LGBTQ+, mas nunca tinha lido um romance entre um garoto panssexual e uma garota transgênero. E eu amei isso, saiu do básico.
Enfim, no livro temos Miles que precisa lidar com a perda. Como todos os livros que abordam o tema suicídio, surge aquela pergunta “Por que não vi os sinais?”.
É o que Miles se pergunta. Em diversos ele se culpa por não ter notado os sinais, ou por ter sido ríspido com Vivian. Se questionando com perguntas como “Se eu não tivesse gritado. Se eu não tivesse provocado a briga. Se eu não tivesse sido tão duro”.
Também vemos uma briga entre Miles com a família de Vivian sobre sua internação. Esse foi um dos momentos mais difíceis de ler.
Miles quer manter a namorada com a aparência com a qual ela se identificava, enquanto a família corta os remédios com hormônios e também corta seu cabelo, tudo para dar a ela a aparência que eles julgam ser a correta, ignorando completamente os desejos da filha. Essa cena foi de cortar o coração, pois foi por causa com preconceito que Vivian recebi da família e de pessoas online, que ela decidiu tirar a vida.
Depois dessa disputa, Miles viaja até a Islândia a pedido das mães. No começo ele fica trancado no hotel sem vontade pra nada, mas depois de sofrer um assalto e ser resgatado por Oskar, um funcionário do hotel, a viagem realmente começa.
Miles aproxima-se de Oskar, que acaba ajudando-o em como honrar a memória de Vivian e talvez até como seguir em frente. Milhas de Distância te emociona do começo ao fim. Recomendo 100%.
Dica Para Autores Iniciantes #1
A partir de hoje vou começar um quadro novo (Semanal) aqui no blog, que é dicas para autores iniciantes. Muita gente me pede pra dar dicas, e eu vou ser honesta com vocês...
O que funciona comigo tem uma chance muito pequena de funcionar com vocês. Escrever é um ato muito pessoal e íntimo. É como se você estivesse fazendo um bolo. Existe a receita e você pode segui-la, porém, um dia você vai fazer um bolo, e aí vai descobrir que ao invés de ter 3 ovos, só tem dois na geladeira, também não tem leite e já é meia noite, não tem supermercado aberto. E você precisa fazer o bolo, então você olha a receita, pensa um pouco e decide não seguir a receita, e faz um teste. Tenho dois ovos, margarina, açúcar, essência de laranja, farinha de trigo, fermento e achei um vidro de leite de côco no armário. E aí você substitui o leite normal, por de côco.
Põe pra assar e descobre que funciona. Você fez um bolo, no improviso e ficou melhor do que o que se faz com a receita.
Por isso não vou dar dicas do que fazer, e sim, do que não fazer. Acreditem… Eu fiz muita merda quando eu comecei, se eu soubesse tudo que sei hoje, teria poupado muita dor de cabeça.
E a 1ª regra é… Não tente agradar gregos e troianos. Se alguém disser pra você “Escreva como se estivesse escrevendo para os outros”. Dê um sorriso, respire fundo e dê pra essa pessoa um picolé… Afinal, essa pessoa fala porque boca tem.
Você é um aspirante a escritor, não lê mentes, não tem como saber o que gregos e troianos gostam, e mesmo que contrate leitores beta, você teria que ter no mínimo, uns 100 leitores a sua disposição, e você teria que encontrar um meio termo para agradar pelo menos 50%, não seria possível levar em conta a opinião de todos. No final você agradaria 10 gregos e 0 troianos.
E o que as pessoas deveriam dizer a você é “O que você gostaria de ler?”. Porque antes de ser escritor, você foi leitor, e nunca esqueça disso. O que te irrita num livro? Que Tipo de personagem você gosta? Você gosta de muitos diálogos, ou não? Odeia livros que enchem linguiça? Quer ver mais representatividade?
Chegou a hora de você escrever o que sempre quis ler, contudo, que seja algo plausível e respeitoso.
E mesmo que você não consiga agradar logo de cara, esse início serve como aprendizado. Você não vai emplacar um best-seller na primeira tentativa. Escrita leva tempo e paciência, mas não desanime. Afinal, o mundo da escrita é incrível.
Em breve volto com outras dicas… Ou não.
(Resenha) Duologia Almas Gêmeas - Josiane Veiga
Enfim, sou leitora da Josiane desde 2011 e confesso que sou mais fã de seus livros LGBT. Não tenho nada contra essa nova fase da autora, mas ainda prefiro seus trabalhos antigos, desculpa por isso.
Vi muita gente dizendo o quanto era sofrida a historia da Duologia Almas Gêmeas. A história é triste, concordo, mas ela não chega aos pés da Duologia Na Karada, que para mim, é simplesmente a melhor obra da autora. Se o povo que leu a história de Esther e Therron, lessem um trecho de Kinshi Na Karada, ficaria deitado em posição fetal para o resto da vida.
Mas apesar da Duologia Almas Gêmeas não ter o brilho de Kinshi, a história tem sua beleza, e mesmo não se aprofundando nos personagem, mostra o cuidado e dedicação que a Josy tem com as palavras, e como ela cria os personagem. Apesar a história narrar acontecimentos ocorridos na 2ª Guerra Mundial, o foco da trama é a reencarnação, e como o passado pode afetar nosso futuro. A autora também tocou, de leve é claro, num tema que deveria ser mais abordado, depressão.
Apesar da Josy ser conhecida por seus livros de época, foi interessante vê-la explorar tempos atuais. Ela já disse que contemporâneo não é o seu forte, eu discordo. A trama tá show de bola.
E agora vou confessar e fazer um pedido: Josy, escreve um livro com o tema fantasia. Não sei porque, mas acho que Josiane Veiga daria uma ótima autora de livros de fantasia.
Se eu recomendo a Duologia? É claro que sim!
(Resenha) Filme - Meu Nome é Ray
Título: Meu Nome é Ray.
Elenco: Elle Fanning, Naomi Watts, Susan Sarandon, Sam Trammel e Linda Emond.
Direção: Gaby Dellal.
Ano: 2015.
Sinopse: Ray nasceu mulher, mas nunca se identificou com o gênero e se prepara para fazer a cirurgia de redesignação de gênero. Sua mãe Maggie, tenta encontrar a melhor forma de lidar com a questão, mas a avó homossexual de Ray, Dolly, recusa-se a aceitar a resolução e cria um conflito familiar.
Resenha: Este é mais um filme que tenta falar sobre os transgêneros e infelizmente não cumpre com sua tarefa. A questão dos transgêneros, assim como de outras sexualidades ainda se mantém complexos e confusos para boa parte das pessoas.
Transsexualidade só não é confuso para quem é. Assim como não é confuso para os pansexuais, assexuais, demisexuais, e tantos outros que não lembro agora.
Precisamos entender que durante muito tempo só existia na cabeça das pessoas, homossexuais, héteros e bissexuais, sendo que o 3º sempre foi visto como conto da carochinha, já que muitos acham que não dá pra sentir atração por homens e mulheres.
Porém, de uns anos pra cá a coisa mudou e descobrimos que há uma grande diversidade. O problema é que não há uma diversidade de informações, e nem gente disposta em explicar de forma simples, e quando decidem fazer um filme sobre o tema, sempre deixam brechas para os preconceitos.
Com Meu Nome é Ray não é diferente. Teve uma cena que me deixou extremamente chateada.
No início do filme parece que Ray quer passar pela transição para finalmente se sentir completo e feliz consigo mesmo, porém, num determinado momento do filme parece que ele só quer passar pela transição porque quer conquistar uma garota, que é 100% hétero e que apenas o vê como menina. Não há garantias de que quando a transição acontecer, ela irá vê-lo como menino, ou até mesmo que vai se apaixonar por ele.
Achei inapropriado colocar isso no filme, já que é o que mais os transfóbicos criticam, de que na verdade, tanto homens quanto mulheres trans são apenas homossexuais que querem ser melhor aceitos, sendo que não é bem assim.
Meu Nome é Ray não é um filme ruim. Ele é regular no quesito transgênero, mas é ótimo para mostrar o choque de gerações entre avó, mãe e neto, e o quanto a família de Ray é disfuncional. Ele é o único da família que não fica causando. O filme vale a pena pela família e seus dramas.
Tem na Netflix, por enquanto.
(Resenha) O Acordo - Roberta Del Carlo
Título: O Acordo
Autora: Roberta Del Carlo
Editora: Independente
Páginas: 170
Sinopse: Benjamin Fajardo, um astuto jornalista, arquitetou um plano para dar o troco na ex-noiva, mas para isso acontecer precisaria da ajuda de uma certa mulher.
Uma mulher fora dos seus padrões.
Isabel Galeno é uma mulher simples, filha adotiva de um casal adorável que sempre a apoiaram em tudo. E, agora o seu mundo se resumia a sua ONG e sofrer calada com a punhalada que recebeu do ex-noivo. Até que um dia Benjamin a procura e faz uma proposta… em ser sua namorada e em troca ajuda livrar a ONG Raio de Sol de ser fechada.
Ela que no passado o achava um máximo.
Ele nunca a enxergou como merecia.
Resenha: Tenho duas coisas para confessar… Primeiro, eu amo um clichê, e se é bem escrito, eu me agarro como um carrapato. E segundo, amei os protagonistas. Normalmente, eu pego ranço de um dos protagonistas e acabo torcendo para um deles se dar mal.
Em “O Acordo”, conhecemos Benjamin, um jornalista de renome, que acaba de descobrir que sua namorada, Alana, com quem estava dando um tempo, acaba de ficar noiva de um médico chamado Geovanni, que foi amigo de faculdade dos dois.
Sentindo-se traído, Benjamin decide procurar por Isabel, ex-noiva de Geovanni, ex-amiga de Alana e ex-colega de faculdade.
A ideia de Benjamin é convencer Isabel a forjar um romance entre eles para causar ciúmes nos ex-noivos.
Isabel por outro lado é uma mulher dedicada a sua ONG Raio de Sol, que ajuda famílias carentes. Quando Benjamin aparece com a tal proposta, a primeira reação da moça é perplexidade, porém, Benjamin promete ajudá-la com a ONG caso ela colabore com a armação.
Como a ONG sofreu um desfalque feito por Geovanni (Sim, o ex-noivo) Isabel decide aceitar. No início ela não está muito confiante no acordo, principalmente porque no passado já teve uma paixonite por Benjamin. Mas com o passar do tempos dois começam uma amizade e que aos poucos vira algo mais.
A trama tem todos os elementos de um clichê, porém, o relacionamento entre Benjamin e Isabel consegue te prender. Os dois foram enganados e querendo ou não, entendem um ao outro. Ambos tem uma paixão por suas profissões e entendem a importância que isso tem em suas vidas.
Agora vamos aos personagens:
Benjamin - Apesar de no início ele parecer um esnobe, cheio de dor de cotovelo, aos poucos percebe o que realmente importa.
Isabel - É raro eu gostar das mocinhas. Quase sempre vivem se lamentando e não tem amor próprio, sempre se anulando em nome do boy. Mas Isabel sabe o que quer e não é nada frouxa.
Geovanni - No começo tive um ranço gigantesco pelo cara, mas depois vi que o coitado era apenas um idiota cego pela ambição.
Alana - Ela é a combinação letal dos pecados capitais Luxúria, Ira, Cobiça e Soberba. Mulherzinha nojenta.
(Resenha) Entre Will & Vodka - Giovana Taveira
Título: Entre Will & Vodka.
Autora: Giovana Taveira.
Editora: Independente.
Páginas: 418.
Sinopse: Existiam duas coisas que a pequena Stela queria mais que tudo em sua vida. A primeira era crescer. Nada a fascinava tanto quanto o mundo adulto e as coisas legais que poderia fazer nele. A segunda coisa era um pouco complicada: ela queria que Will gostasse dela.
Stela seria capaz de dar todos seus brinquedos favoritos para que fosse atendida. E sempre pedia. A cada bolo de aniversário, desejo da meia-noite e estrela cadente, ela só conseguia pensar nisso.
E então aconteceu.
O primeiro desejo foi realizado: ela cresceu, e percebeu que a vida adulta não era, nem de longe, o que esperava. E, bom, o segundo desejo foi parcialmente atendido: agora Will ama Stela, mas não essa Stela.
Resenha: A primeira vez que ouvi falar deste livro foi no IG do Cretino Literário, e como ele falou tão bem da história, decidi procurar a autora para perguntar se ela tinha o livro em versão impressa. Ela disse que o único formato do livro era em e-book. Então fui lá na amazon e comprei o livro.
No final do mês de junho decidi iniciar a leitura, e agora vocês se perguntam… Quase dois meses para acabar um livro? Sim. E antes que a autora pense que eu enrolei porque a leitura estava chata, em minha defesa, eu leio em câmera lenta. Mas confesso, abandonei o livro 2 vezes. E o motivo é este…. Stela. É sério, Stela conseguiu me irritar de todas as formas possíveis.
No início do livro, eu até que gostei da Stela, e da amizade dela com o Will, mas quando os dois brigam, a Stela passa a ficar chata, chata e mais um pouquinho chata. Ela passa metade do livro com uma paixão platônica não correspondida pelo Will, que ao que tudo indica, tá cagando e andando para a Stela. Os dois ficam mais de uma década sem se ver, ou falar um com o outro, e a Stela fica alimentando uma esperança inútil.
Eu entendo, e sei que muitas mulheres sofrem, assim como a Stela do livro. E eu tenho empatia por elas, não deve ser fácil viver dessa maneira. Mas o problema foi que, parecia que a Stela não ia se livrar do Will nunca. E eu só pensava “Já tá em 60% e não sai disso?” “Quando que ela vai mandar esse treco embora?”.
Depois entendi que esse era o propósito da autora, fazer Stela comer o pão que o Will amassou, para depois fazer a garota acordar para a vida. E eu super me identifiquei com a Bia, eu já tive uma amiga como a Stela, que não largava os boy lixo de jeito nenhum. Até a mãe do Will falou para a Stela que ela merecia coisa melhor. Se a mãe do seu crush diz que ele é um encosto, pegue as suas coisas e corra para as colinas.
Tem muito mais coisas sobre o livro, mas se eu escrever mais uma linha vai estragar a raiva, tristeza, frustrações e alegrias ao ler este livro incrível. A autora está de parabéns. E eu já tenho outro na fila “Gin & Tônica” , e como eu sei que a autora adora mencionar bebidas em seus livros, por favor, faz um personagem seu beber uma Cuba-libre. Eu ficaria imensamente agradecida.
(Resenha) Por Enquanto - Luciane Rangel
Título: Por Enquanto.
Autora: Luciane Rangel.
Páginas: 93
Editora: Independente.
Sinopse: Passar o Natal com uma avó que mal conhecia não estava exatamente nos planos de Niara. Ela sequer entendia o que poderia ter dado na cabeça de sua tia Fernanda para obrigá-la a tal provação. Tudo que ela quer, agora, é que esses dias passem rápido para que possa voltar para casa.
No entanto, o que a garota não esperava era encontrar o antigo diário de sua falecida mãe e que ele acabaria lhe proporcionando tantas e inusitadas descobertas. Com a ajuda de João, um garoto encantador e que ama animais, e de Bia, uma jovem que rapidamente conquista sua amizade, Niara começa a recriar os momentos mais especiais vividos por sua mãe há dezoito anos, transformando aquele Natal no mais especial de toda a sua existência.
Resenha: Tem várias coisas que eu gosto, e uma dessas coisas são histórias com o Natal como fundo de pano. Meus episódios favoritos de Friends são os natalinos, até teve um de Sobrenatural, que foi incrível. E não posso esquecer dos filmes Esqueceram de Mim, O Amor não Tira Férias e Um Herói de Brinquedo. Porém, com contos, nunca tive sorte, era como se os autores não conseguissem captar o Natal. Acho que li dois contos de autores nacionais, que me frustraram imensamente.
Quando vi que a Luciane lançou um conto natalino, minha curiosidade foi atiçada, e tive a quase certeza de que não iria me decepcionar o dia que lesse, mas sabe como é, comprei o ebook, que ficou abandonado no meu kindle, esperando sua vez de sair do limbo. Há uma semana ele finalmente foi lido, e finalmente o espírito natalino foi honrado.
Em “Por Enquanto”, temos Niara, que é forçada a passar o Natal com a avó que mal conhece e que há 16 anos expulsou a filha grávida e fingiu que não tinha neta.
Confesso que a história de Fabiana (Mãe de Niara) e Sandra (Avó), me lembrou muito o relacionamento da minha mãe com a minha avó, que era uma mulher osso duro de roer. Teve um momento na história, que eu até chorei. Minha avó, creio eu, amava a minha mãe, mas ela tinha um jeito muito estranho de demonstrar.
“Por Enquanto” é um conto que dá pra ler em 1 hora e meia e que vai te emocionar de verdade. Por isso fique com uma caixa de lenço ao lado.
(Resenha - Filme) O Diabo de Cada Dia
Título: O Diabo de Cada Dia.
Elenco: Tom Holland, Bill Skarsgard, Riley Knough, Robert Pattinson, Mia Wasikowska, Jason Clarke, Sebastian Stan, Haley Bennett, Harry Melling e Eliza Scalen.
Direção: Antonio Campos.
Ano: 2020.
Sinopse: Ambientada entre a Segunda Guerra Mundial e a Guerra do Vietnã, O Diabo de Cada Dia acompanha diversos personagens num canto esquecido de Ohio, os quais a vida acabam se conectando. Willard Russell (Bill Skarsgård) é um atormentado veterano, sobrevivente de uma carnificina, que não consegue salvar sua bela esposa de uma morte agonizante por conta de um câncer, mesmo com toda a oração e devoção de sua parte. Enquanto isso, Carl (Jason Clarke) e Sandy Henderson (Riley Keough), um casal de assassinos em série, percorrem as rodovias americanas em busca de modelos adequadas para fotografar e exterminar. E no meio disso tudo está Arvin Russell (Tom Holland), filho órfão de Willard e Charlotte (Haley Bennett), que cresceu para ser um homem bom mas começa a demonstrar comportamentos violentos quando passa a desconfiar que o líder religioso da cidade, Preston Teagardin (Robert Pattinson), é uma farsa.
Resenha: Esse é mais um filme que escolhi só por causa do elenco, isso já está virando rotina. Mas ao contrário da última vez que fiz isso, desta vez, o filme correspondeu às minhas expectativas.
“O Diabo de Cada Dia” é daqueles filmes que faz com que você se questione sobre o comportamento e escolhas das pessoas. O que leva alguém a seguir uma fé cega? O que leva alguém a seguir pessoas, apenas porque elas estão num posto de respeito? E será que podemos ter justiça de verdade? Ou precisamos fazê-la com as próprias mãos?
Uma das minhas preocupações foi que antes de ver o filme, vi muitas resenhas dizendo que o filme era parado e confuso, mas ele não é nada disso. Sei que a trama vai para horas no passado, outras para o futuro e depois retorna ao presente, mas não é nada confuso.
Acho que o que pega no filme, é que há uma crítica grande a religião e aos seus pastores. Como eles manipulam e se escondem embaixo da carapuça da virtude de um homem do clérigo.
Todo o elenco fez um trabalho incrível, mas vou destacar aqui duas… Tom Holland está irreconhecível, o rapaz mandou muito bem. Outro que está incrível é o Robert Pattinson, o personagem que ele interpreta é nojento e filho da puta, e eu adorei.
“O Diabo de Cada Dia” está disponível na Netflix.
(Resenha) Nos Braços do Predador - Tom Adamz
Título: Nos Braços do Predador.
Autor: Tom Adamz.
Páginas: 180.
Editora: Independente.
Sinopse: Reza a lenda que o "Predador" de Lady Bramaum surge sempre que o seu livro escolhe uma mulher: uma donzela que está em perigo eminente e busca por socorro. Graves Wolf, o herdeiro do império do café dos anos oitenta, foi castigado por um arcanjo por conta da sua arrogância e a sua sina, desde então, é seguir preso dentro de um livro, até que o amor o liberte.
O homem de cabelos grandes, belo corpo e olhos acinzentados, cujo ressoar da voz máscula é o suficiente para tremular corações, surge na cozinha de Valentina Duran, completamente nu. De imediato, o "lobão" entende o motivo de estar ali: ela precisa ser protegida.
Valentina luta contra as amarras que a prenderam por toda vida em um relacionamento abusivo. Além das ameaças constantes do ex-marido, ela agora precisa lidar com os sentimentos que o homem dos livros vem despertando no seu coração.
Resenha: Esta é uma resenha e também um pedido de desculpas. Vamos lá… Conheci o trabalho do Tom através de uma antologia de contos chamada “Todas as Cores”, seu conto Caim & Abel me encantou, e por esse motivo passei a stalker o autor, só pra ver quais novidades ele traria a seguir.
No começo de 2018 (Eu acho), ele lançou o livro “Lúcifer - A História Nunca Contada”, adquiri o livro e como sempre o livro ficou na minha estante esperando pelo momento de ser lido.
No mês passado comecei a leitura, e aí uma coisa aconteceu… A história não conseguiu me cativar. Confesso que fiquei frustrada, com muito sacrifício cheguei na metade , mas não consegui evoluir daí. Acho que não fui capaz de me apegar aos protagonistas, ou talvez, gostei demais do Balthazar, e os outros personagens perderam a graça. Mas sem problema, um dia vou terminar Lúcifer.
Como não pude concluir a leitura, e eu prometi uma resenha para o autor, peguei meu kindle e fui caçar outro livro do autor. Cheguei a ler dois capítulos de Balthazar, mas aí troquei por “Nos Braços do Predador”, e logo nas primeiras páginas vi que meu arcanjo favorito estava lá de novo.
Em “Nos Braços do Predador” conhecemos Valentina, uma mulher que acaba de sair de um relacionamento abusivo, e que ainda é atormentada pela presença do ex-marido, Juca.
Um dia Valentina vai a inauguração de uma livraria e acaba ganhando da dona o exemplar de um livro chamado “Predador”. Na verdade, o livro acaba aparecendo num passe de mágica na casa de Valentina. Intrigada, a moça começa a leitura, e para a sua surpresa, o protagonista Graves Wolf sai das páginas e passa a existir em carne e osso.
No início o relacionamento dos dois não é muito amigável. Valentina acha que enlouqueceu, principalmente porque, de acordo com Graves, sua vida corre perigo.
O livro tem poucas páginas, mas a história está bem entrelaçada, tem boas cenas de comédia, ação e romance. O autor também aborda temas como respeito a natureza e aos animais, sobre violência doméstica e como o dinheiro é capaz de causar injustiças.
O relacionamento de Graves e Valentina tem vários momentos hilários. Gosto de livros com um toque cômico e debochado, e aliás, debochado deveria ser o nome do meio de Graves Wolf.
(Resenha) Contando Estrelas - Luciane Rangel
Título: Contando Estrelas.
Autora: Luciane Rangel.
Páginas: 264.
Editora: Qualis.
Sinopse: A ideia de um trabalho voluntário nunca passou pela cabeça de Elisa. Na verdade, era algo que ela jamais faria, não fosse essa uma exigência louca de uma das professoras da escola. O trabalho em dupla poderia ter sido com uma de suas amigas ou com o lindo do Miguel... Mas quis o destino, e o sorteio feito pelas mãos da professora, que o escolhido para ser seu par fosse o aluno novato da turma, um sujeito meio esquisito, calado, e que passava os intervalos das aulas no estranho hobby de dobrar estrelas de papel, como se elas tivessem algum significado.
Mal sabia ela que o trabalho realizado em um hospital infantil, junto à companhia do “esquisitão”, fosse acrescentar muito mais à sua vida do que as aulas do colégio. Ele parecia enxergar nas pessoas muito além do que olhos comuns poderiam ver, e suas estrelas pareciam fazer parte de algo maior do que um simples hobby. Algum tipo de missão, um tanto quanto mágica, que ela não era capaz de imaginar e que poderia tanto lhe trazer redenção quanto um coração partido.
Elisa jamais imaginaria que surgiriam sentimentos com relação àquele garoto que tanto lhe intrigava.
Resenha: No mês passado o Ig literário Atrás das Páginas organizou a Leitura Coletiva do livro Contando Estrelas, e como era o livro de uma das minhas autoras favoritas, decidi participar, porém, aconteceu um probleminha… Não consegui seguir as metas diárias. Não fiquei atrasada na leitura, pelo contrário, acabei passando a meta. Pelo visto não sirvo para participar de LCs.
Enfim, o livro vai contar a história de Elisa, uma patricinha que é um verdadeiro nojo. Elisa é a personificação de tudo aquilo que odeio num ser humano, julga as pessoas por sua aparência e posses, então quando o novo aluno da escola chega, Elisa já vai julgando o rapaz, sem nem ao menos trocar duas palavras.
Tudo fica pior, quando a professora de história, decidi propor um trabalho inusitado. Os alunos devem formar duplas para realizar um trabalho voluntário. E é claro que Elisa forma dupla com Fábio, o garoto novo, esquisitão e pobretão, de acordo com ela.
Como disse no início, Elisa é um nojo, apenas continuei a leitura por causa das patatas que a moça leva do Fábio, a cada patata, eu dava um grito de satisfação. É claro que Elisa vai melhorando ao decorrer da trama. Contando Estrelas, poderia ser apenas um livro para adolescentes senão abordasse três temas importantes. Trabalho voluntário, abandono animal e adoção responsável.
Como boa apaixonada por cães e principalmente por vira latas, a trama é um prato cheio.
O livro tem vários momentos emocionantes, que acabam com o seu psicológico, e momentos felizes, é claro, nem tudo é tragédia.
Vamos aos Personagens:
Elisa - Comecei a leitura odiando-a a cada página virada, adorei o fato de ter recebido um spoiler da Vitória. Mas, ao decorrer da história ela vai se redimindo e ganhando alguns pontos.
Fábio - É um daqueles personagens que te conquista logo na primeira página. Não acho que ele seja perfeito, longe disso, mas ele tenta ao máximo em ser uma pessoa melhor e fazer a diferença.
Vitória - Apesar das peraltices da garota, não tem como se apaixonar por ela.
Gabi - Um ser cheio de carisma e luz, que faz o possível para trazer alegria e paz. Confesso que torci para que houvesse algum tipo de romance entre ela e o Fábio, mas gostei do final que a autora deu para os dois.
Amanda - Vi algumas pessoas criticando-a durante os debates da LC, mas a mulher é médica e cuida de crianças doentes todos os dias, além de lidar com a morte. Ela precisa ser um pouco fria e dura as vezes, caso contrário, enlouqueceria e deixaria de ser útil para seus pacientes. Dê um crédito para a moça.
Miguel - Por onde devo começar a destilar meu ranço? Miguel é o típico gostosão do colégio, todas as meninas babam por ele, mas é um ser vazio e sem graça. Ainda continuo na dúvida se o moço realmente mudou.